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INCLUSÃO PRODUTIVA E TRANSIÇÃO
PARA A SUSTENTABILIDADE:

OPORTUNIDADES PARA O BRASIL

O estudo

Em todo o mundo, o enfrentamento aos desafios impostos pela crise climática é marcado por mudanças significativas na forma como as atividades econômicas se organizam. Mas quais os impactos desse movimento de transição para a sustentabilidade?

Problemas ambientais, como a grande quantidade de resíduos produzidos, a degradação dos biomas e a maneira como produzimos os alimentos estão no centro do debate, no entanto, na maioria das vezes o desafio social ainda permanece em segundo plano. Num país profundamente desigual como o Brasil, a falta de uma atenção significativa à dimensão social não só perpetua essa realidade como também inviabiliza um desenvolvimento sustentável que não deixe ninguém para trás.

Esse estudo é fruto da necessidade de se pensar uma transição para a sustentabilidade que seja promotora da inclusão produtiva, priorizando o combate às desigualdades socioeconômicas tanto quanto as questões ambientais.

Conheça os setores estratégicos e os caminhos para que empresas, governos e terceiro setor contribuam para o avanço dessa agenda.

Para nós, o desenvolvimento sustentável é aquele que promove a expansão das liberdades humanas, a partir de formas de uso de recursos naturais e relação com a sociedade que permitam a conservação e a regeneração da natureza e o enfrentamento à pobreza e às desigualdades.

O modelo da Economia Donut de Raworth é um exemplo de abordagem que compartilha da premissa adotada pelo estudo: uma economia só é considerada próspera e sustentável quando todas as bases sociais são satisfeitas, sem esgotar os recursos do planeta.

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CONTEXTO
TRANSIÇÃO
NO BRASIL

Um olhar sobre
os nossos
principais
desafios

Devido a mudanças no âmbito internacional e escolhas dos governos ao longo do tempo, o Brasil tem organizado a sua atividade econômica ao redor da produção de commodities para a exportação. Um dos resultados dessa decisão tem sido uma estrutura produtiva caracterizada por poucas grandes empresas altamente produtivas que convivem com muitas pequenas empresas de baixa produtividade.

Impactos do
ponto de vista
socioeconômico

Esses desníveis, ou brechas de produtividade, somados à recente desindustrialização, contribuem para ampliar as desigualdades na sociedade, uma vez que grande parte da força de trabalho se encontra em setores de baixa produtividade e remuneração.

Emissões de gases de efeito estufa no Brasil de 1990 a 2021 - CO2e (t) GWP-AR5
Mudança de
Uso da Terra
Agropecuária
Energia
Processos industriais
e resíduos
Resíduos

Participação dos setores no perfil das emissões brasileiras em 2021

49% Mudança de
Uso da Terra

Desmatamento do bioma amazônico, seguido do cerrado.

25% Agropecuária

Pecuária de bovinos e pelo uso de fertilizantes.

18% Energia

Maior parte das emissões são derivadas da queima de combustíveis fósseis nos processos industriais e no transporte.

4% Processos industriais
e Resíduos

São responsáveis por apenas 4% cada um

Fonte: Observatório do Clima (2023)

Impactos do
ponto de vista
ambiental

Enquanto em âmbito global a maior parte das emissões de gases de efeito estufa ocorre em razão da queima de combustíveis fósseis e das indústrias (64%), no Brasil, o principal vetor de emissão são as mudanças no uso da terra (49%).

O país precisa identificar novos motores de desenvolvimento econômico que resultem em um ciclo virtuoso de geração de empregos de qualidade e bem-estar social e que promovam a regeneração da natureza.

SETORES
ESTRATÉGICOS

E quais os setores estratégicos para aliar a inclusão produtiva ao processo de transição para a sustentabilidade no Brasil?

Cada um desses setores apresenta desafios ambientais e sociais próprios – tanto de maneira mais ampla, como em termos de possibilidades para a inclusão produtiva. A partir do cruzamento desses fatores, foram elencadas as áreas prioritárias para aliar a inclusão produtiva ao processo de transição em cada setor, bem como recomendações para cada uma delas.
Elas se dividem em três grupos:

Grupo 1

Áreas não alinhadas com a agenda de sustentabilidade, e que precisam ser reestruturadas com atenção à inclusão produtiva.

Grupo 2

Áreas alinhadas com a agenda de sustentabilidade, mas que precisam ser estruturadas para que a transição seja acompanhada de inclusão produtiva e impactos sociais positivos.

Grupo 3

Áreas alinhadas com a agenda de sustentabilidade e inclusão produtiva, mas que demandam uma aceleração da transição.

De acordo com a análise, poucas áreas foram classificadas como Grupo 3. No entanto, apesar dos desafios, uma atuação coordenada entre governos, empresas e o terceiro setor pode abrir caminhos para liberar seu potencial.

SAIBA MAIS

CAMINHOS

Caminhos para integrar
a inclusão produtiva na
agenda de transição

Enquanto a inclusão produtiva não for vista como uma questão essencial para a tomada de decisões estratégicas, o padrão de exclusão e desigualdade tende a ser mantido ou ampliado.

Confira as recomendações para que governos, empresas e organizações do terceiro setor atuem na integração das agendas de sustentabilidade e inclusão produtiva.

GOVERNOS

Governos proativos em uma transição justa e inclusiva para a sustentabilidade

EMPRESAS

Empresas na convergência das agendas ambiental e social

TERCEIRO SETOR

Terceiro setor: fomento de boas práticas para uma transição justa e inclusiva para a sustentabilidade